Sempre admirei o papel do contrabaixo em uma banda! sou fã do instrumento e de alguns instrumentistas! Por esses fatos trazemos até vocês o Bass Tech! Porém não sou eu que irei escrever os artigos! Para essa função tenho a honra de apresentar meu grande amigo e ilustre baixista Rodrigo Batista!!
O Rodrigo é uma das referências em termos de baixo na região do interior de SP, recentemente lançou seu primeiro CD Instrumental, intitulado Quarteto de Sons, trazendo ótimas abordagens musicais no gênero do jazz e mpb! além de outros diversos trabalhos com outros artistas!
Aqui no blog ele fica responsável por essa sessão e para vocês conhecerem mais sobre o seu trabalho segue uma entrevista muito interessante onde o Rodrigo trás detalhes de seu início, influencia, equipamentos e trabalhos atuais! a entrevista ficou muito boa! recheada de conhecimentos e boas dicas para músicos em geral!
Aproveito para dizer que o Rodrigo é o baixista que está gravando meu cd instrumental "Through The Infinity" para mim é uma grande honra trabalhar ao lado de um cara tão eficiente como o Rodrigão!!! Enfim!!!! Aproveitem todos os detalhes dessa entrevista e os futuros posts no Bass Tech
1-) Conte um pouco sobre seu início, principais influencias
e dificuldades, primeiras bandas, no geral como foi esse momento?
Tudo
começou com algumas conversas com alguns amigos na hora do intervalo da escola.
Meus amigos queriam montar uma banda e eu sempre gostei de um “terceiro
instrumento que eu não sabia o nome”. O mais engraçado é que mesmo sem saber o
nome, quando um amigo meu me chamou para aprender um instrumento e montar uma
banda eu disse: Só topo se eu tocar aquele que não é uma guitarra e que tem o
som mais grave! A partir dai, fui procurando vídeo-aulas, dicas com amigos, até
me matricular na escola de música municipal para aprender contrabaixo acústico,
com isso, não parei mais de estudar. Sobre as bandas eu comecei com uma banda
junto dos meus amigos, mas como eu tocava baixo era muito fácil entrar em
qualquer outra banda, pois eu era o único baixista da escola! Depois entrei em
uma banda com um primo e outro amigo, fiquei uns meses e depois fui para na
Unnamed que foi uma banda que me ensinou muito em todos os sentidos, desde como
se comportar no palco até o momento certo de fazer um arranjo.
Acho
que o que mais me influenciou na época foi o som que Cliff Burton (Metallica) e
Steve Harris (Iron Maiden) conseguiam tirar do contrabaixo, ai com os estudos
eu comecei a ouvir outros baixistas de outros estilos até chegar a ouvir Jaco
Pastorius e o Nico Assumpção, que provavelmente foi a maior influência para a
maioria dos baixistas. O mais difícil acho que não foi entender como funcionava
o contrabaixo, mas sim como aplicar o que eu estudava. Acho que nesse ponto
procurei um professor e não me vejo no ponto que estou sem ter dado esse passo.
2-)Sobre suas atuais influencias, O que tem ouvido e
estudado ultimamente?
Ultimamente
tenho ouvido muito os trabalhos do Ney Conceição, da Esperanza Spalding e os
novos trabalhos do Marcus Miller. Vejo que estudar as músicas deles está me
fazendo evoluir muito! Tanto em termos de técnica quanto no estudo de frases.
3-) Sobre equipamento, O que tem usado? Costuma variar muito
de uma situação de estúdio para uma situação de palco?
Eu
prefiro usar apenas caixas com falantes de 10, não gosto de usar o de 12 nem o
de 15. Para shows pequenos eu uso uma caixa Hartke XL 2x10, para outros shows
procuro usar a mesma com 4x10. O cabeçote gosto muito do Fender Rumble 350,
além de ser pequeno e fácil para carregar, estou gostando cada vez mais do
resultado dele, tanto no estúdio quanto ao vivo! Em gravações costumo usar duas caixas Hartke
XL, uma 2x10 e outra 4x10. Dos pedais uso o compressor MXR M87, o oitavador
Octamizer da Aguilar, o Bass Synth Wah da Digitech, o Bass Big Muff da
Eletro-Harmonix e o pedal Fender 59’s Bassman da Boss. Dos baixos uso um Yamaha
RBX 765A com captadores Blackout da Bassline e pré STC-3 também da Bassline, um
Yamaha BB404 passivo e um Fender Modern Player Jazz Bass passivo. Geralmente
para gravar uso o RBX, além de ser o mais ergonômico que possuo, tem a maior
variação de timbres.
4-) O que pensa da internet ser hoje algo inerente as atividades
profissionais e didáticas de um músico?
Acho
que a internet facilitou em 90% a educação musical no mundo, porém o que mais
tenho visto entre os baixistas é o que procurar aprender. Creio que, mesmo com
toda a facilidade de informações, o papel do professor é essencial para a
construção do caráter musical do aluno. Mesmo que existam oito mil vídeos aulas
sobre pentatônica, se você fizer aulas com um professor você vai entender como
os oito mil pensaram na hora de gravar a vídeo aula. Outro ponto importante é
que, graças à internet, podemos fazer aulas com músicos de outras regiões e até
outros países com uma facilidade incrível! Isso era muito difícil há duas
décadas, mas hoje é a coisa mais normal do mundo.
5-) Recentemente você lançou um CD instrumental intitulado
“Quarteto de Sons” Como foi todo o processo de composição e de captação desse
trabalho?
Eu
compus todos os temas e harmonias do CD, incluindo o estilo musical que
pretendia em cada música. Depois comecei ensaiar com o pessoal que ia gravar e
pedi para que cada um criasse seus solos. Para a gravação, começamos gravando a
guia de todas as músicas, tocando todos juntos, depois disso, passamos a limpo
a linha de cada um, dando mais atenção a cada um dos instrumentos. No meu caso, usei 4 canais de baixo para cada linha de baixo,
usando um canal direto, um captando um falante de uma caixa, outro captando um
falante de outra caixa e um canal captando o ambiente da sala onde se
encontravam as caixas.
6-) Apesar de ser um trabalho assinado por você, o Quarteto
de Sons soa muito natural e musical, quais foram os principais fatores que te
encaminharam para tal sonoridade?
Acredito
que o resultado final foi obtido graças à convivência com os músicos que
participaram do projeto, nos todos já tocamos juntos em outros projetos. Outro
ponto foi o detalhe de termos gravados todos juntos as guias, isso nos fez
manter toda a característica que imaginamos desde o começo do trabalho.
7-) Como tem sido a aceitação desse trabalho?
Está
sendo muito boa, principalmente pelo convite que recebi para tocar no Pixinga
Bass Festival de Campinas! Creio que essa foi a maior conquista da minha
carreira e ela só foi possível graças ao CD! Agora o próximo passo é continuar
divulgando para que eu consiga continuar realizando shows do CD em 2015.
8-) Apesar de ser um trabalho do gênero jazz/mpb
instrumental, as composições soam extremamente musicais e suaves, o que é um
objetivo muito difícil de se atingir quando falamos de música instrumental,
Quais foram suas prioridades em termos de sonoridade para esse trabalho?
Creio
que a prioridade do CD foi a melodia, geralmente os músicos preferem músicas
quebradas, com compassos compostos e uma gama rítmica muito rica. No meu caso,
preferi manter uma melodia que qualquer pessoa conseguisse gravar em sua
memória. Depois disso pensei em manter o
mesmo nível de sonoridade nos improvisos, para que o CD conseguisse atingir uma
sensação de paz para os ouvintes. Fico muito feliz quando ouço que o CD conseguiu
trazer uma sensação boa aos que ouviram! Principalmente com um comentário de um
amigo de São Paulo que disse que escuta o CD na volta pra casa, pois ajuda a
esquecer o caos do trânsito.
9-) Algum outro projeto que gostaria de mencionar?
Gostaria
de mencionar meu trabalho com o grupo Zazooeira, onde estamos compondo várias
músicas legais que estarão no ar em breve, A Banda Supersonic (Oasis Cover) da
qual me apresento em alguns shows, a Banda Telegrafo onde faço participações
tocando teclado e por último mas não menos importante, a participação no seu CD
Ramon Domingos intitulado Through the Infinity, no qual tenho a honra de estar
gravando algumas músicas.
10-) Alguma parceria ou acordo com empresas que gostaria de
ressaltar?
Tenho
uma parceria com o Estúdio Influência e com a Escola Só Música, ambos tem
apoiado meu CD de várias formas.
11-) Sobre seus projetos atuais, o que tem rolado
ultimamente? Quais os planos para o futuro? Está planejando novos lançamentos?
No
momento ainda estou curtindo o lançamento do CD, mas tenho planos para lançar
algo em 2016, já tenho mais algumas músicas e já estou compondo outras. Penso
em comprar os direitos para regravar uns dois ou três temas que gosto muito e
fazer uma releitura. Outra ideia é
lançar um método de contrabaixo do modo que costumo utilizar escalas, arpejos e
acordes, pois vejo que muitas pessoas têm dificuldades nesses assuntos.
12-) Como você analisa o cenário musical instrumental no
Brasil? O que poderia ser feito para esse tipo de música atingir várias camadas
culturais?
Acredito
que a música instrumental não tem fácil acesso no Brasil, me recordo que quando
fiz o lançamento do CD na Livraria Cultura, várias crianças ficaram assistindo
o show até o final, bateram palmas e dançaram. Se a música instrumental fosse
divulgada desde a infância, creio que o público aumentaria. Outro fator que
poderia melhorar o cenário instrumental seria ter aulas de música nas escolas
de ensino fundamental e médio. Várias pessoas que não conheço me deixaram
mensagens falando que nunca tinham ouvido esse tipo de música e que tinham
gostado muito! Quando lancei meu CD na Fnac eu fiquei impressionado com um
jovem casal que assistiu ao show, pela aparência, a moça tinha uns 15 anos e o
rapaz no máximo 18, os dois bateram palmas e ficaram até o final prestigiando,
isso é uma prova de que a música é feita para todos independente do gênero.
13-) Gostaríamos de agradecer sua presença no Bass Tech,
dizer que é uma honra contar com suas palavras aqui no blog! E estamos muito
felizes de inaugurar essa página contigo! Para finalizar gostaríamos que
deixasse uma mensagem para os leitores do blog e o pessoal que acompanham seus
trabalhos!
Obrigado
pela oportunidade Ramon! Gostaria de agradecer a todos os leitores do blog por
terem acompanhado esta e outras entrevistas e adiantar que estarei ajudando o
Ramon a postar várias informações sobre o contrabaixo aqui no blog! Até a
próxima!
ROCK!!!
Gostei muito da entrevista. Sou contrabaixista morador de Americana, que fui descobrir que é a mesma cidade do Rodrigo e eu nem fazia idéia de que tinha músicos desse calibre na cidade kkkk.
ResponderExcluirDescobri esse blog recentemente e vou continuar acompanhando, até mesmo o Guitar Tech já que também estudo guitarra como meu segundo instrumento.
Parabéns, Ramon
Fala Aroldoooo!!!! veja que coincidência não!!! Rodrigão é chapa quente... toca muito!!!! cara gente fina... amigo de longa data.... que mundo pequeno não!!!! tbm sou de americana.... obrigado pelo acesso e comentário! continue sempre acompanhando... sempre teremos novidades... abs!
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