28 de março de 2010

Entrevista :: Hugo Mariutti

E aí Galera!!!


Tudo Ok!!!??


Seguinte... segue hoje mais uma entrevista, desta vez com Hugo Mariutti guitarrista das bandas Andre Matos, Henceforth e Remove Silence, que nos atendeu com extrema simpatia e dedicação, trazendo a nós um pouquinho de sua experiência e do cotidiano de um músico profissional brasileiro...


Aproveitamos para agradecer ao Hugo por essa entrevista!!
Valeu mesmo cara!!! Muita sorte e sucesso!!!













1-) Conte um pouco para nós como foi seu início na guitarra, quais os guitarristas que te influenciaram? E quais foram suas primeiras bandas?
HM:Comecei a tocar em 1989, pois sempre via o Luis tocando baixo, por isso acho que ele foi a minha grande influência para o meu começo na música. Gosto de guitarristas de diferentes estilos, porém no Heavy Metal para mim nunca vai existir ninguém igual ao Randy Rhoads, porém gosto muito do James Hetfield, Steve Rothery, Trevor Rabin, Johnny Greenwood, Josh Homme, Adrian Utley, Jeff Buckley, etc. Minha primeira banda foi uma banda de Thrash Metal que se chamava Wardeath, onde eu cantava e tocava. 

2-) Como você vê o cenário musical hoje comparado com a época em que estava começando? O que mudou? E o que podemos esperar do cenário musical brasileiro no futuro?
HM:Tudo mudou em muito pouco tempo, porém era uma mudança que já estava sendo anunciada faz muito tempo, porém como em tudo nas nossas vidas é necessário se adaptar e viver o mercado atual, um mercado onde o cd virou praticamente uma mídia de colecionador, e eu me incluo neste grupo, e que é muito importante as bandas criarem alternativas para conseguir "vender" seu trabalho. Acho que também em contrapartida temos a chance de espalhar as nossas músicas para lugares onde antigamente não tínhamos condições, porém ainda todos estão se adaptando a este novo mercado e acho que é muito cedo para tirarmos conclusões. Sobre o cenário musical brasileiro é difícil dizer, pois temos boas bandas que estão perdendo espaço para esta avalanche de shows internacionais por aqui. O volume de shows é muito grande e infelizmente os preços dos ingressos faz com que o público tenha que escolher um show para ir, e como ele pode ver a banda brasileira no ano seguinte ele acaba optando por ir ao show da banda que vem de fora, o que não é culpa dele.

3-) Em termos de equipamento, quais são seus sets? Costuma variar muito do estúdio para um show?
HM: Basicamente uso o mesmo equipamento no show e no estúdio, pois tento buscar um som característico meu, porém dentro do mesmo equipamento tento variar um pouco mexendo em equalização, compressão, tipos de microfones, guitarrs distintas, etc. Uso um Dual Rectfier da Mesa Boogie, uma caixa da Marshall e uma Mesa Boogie ao vivo e no estúdio uso o mesmo, porém gosto de usar um Fender Deluxe. De guitarra, uso minhas Gibsons SG, Flying V e Xplorer, além de uma fender stratocaster. de efeitos uso esta lista abaixo:

4-) Atualmente, o que anda ouvindo?
HM: Sou um músico que procura ouvir muitas coisas diferentes, pois acho muito importante para meu desenvolvimento e para ter idéias diferentes na hora de escrever uma música. Neste momento quem quiser conferir, tem uma rádio que criei no twitter que sempre vou modificando e mostrando um pouco do que tenho escutado nos últimos tempos, porém ja adianto que tenho escutado muito Portishead, Richard Ashcroft, Mars Volta, Queens Of The  Stone Age, Jeff Buckley, Slayer entre muitas outras coisas. 

5-) Acostumado com shows ao redor do mundo, qual é a diferença entre turnês nacionais e internacionais em termos de estrutura e investimento?
HM: Eu acho que a grande diferença na maioria dos casos é que você é tratado com mais respeito e como uma banda profissional. Infelizmente aqui no Brasil, com raras excessões, a cena e a grande parte dos contratantes encaram o show apenas como diversão e não profissionalmente. Só para se ter uma idéia, uma vez fomos até Goiania para um show e simplesmente nem a casa de show estava reservada. Era um festival, com divulgação, com muitos ingressos vendidos, músicos que vieram dos USA e não aconteceu o show. Com certeza fora daqui não passamos este tipo de situação. Mas acho que o pior disso tudo é que temos um público muito grande, é só ver onde as bandas internacionais vem registrar seus dvd´s, que é fanático e merecia também ser tratado com muito mais respeito

6-) Atualmente temos a informática e a tecnologia caminhando lado a lado com a música, para você quais são os pontos positivos e negativosdessa realidade?
HM: Eu tento não pensar nos pontos negativos, pois isso é uma situação irreversível. Sou um colecionador de cds, porém enxergo este como uma mídia que ficará para colecionadores. Todas as bandas devem se adaptar a essa nova cara do mercado e achar cada vez mais alternativas para tentar inovar em alguma coisa. Acho que estamos em um momento de adaptação dessa nova situação. Para as bandas novas tem um lado ótimo que é poder mostrar sua música para lugares que em 10 anos atrás seria impossível, porém em contrapartida temos um volume muito maior de bandas buscando seu espaço. Um fenômeno que vem acontecendo bastante também é que as bandas tem feito muito mais shows em todos os lugares do mundo, pois a receita que elas tinham com o cd ficou muito menorEncaro como uma questão de tempo para todo mundo se ajeitar neste cenário. 

7-) Vemos nos dias de hoje muitas bandas se aliando àinternet e disponibilizando suas musicas gratuitamente na web, o próprio Henceforth está fazendo isso. Qual a sua visão em relação atal fato e quais são os benefícios que isso pode trazer ao artista?
HM: Disponibilizamos nosso single, pois com certeza ele vai ter uma alcance muito grande e ajudar muito na negociação com uma gravadora. Nem sei se lançaremos um cd físico, pois se não conseguir um acordo que seja benéfico para banda e para o consumidor, prefiro ou disponibilizar todo de graça na web ou vender o mp3 por um preço que o público possa pagar, porém estamos estudando isso e se formos disponibilizar na NET queremos incluir toda arte junto para que o produto tenha todas as características desde a criação. O que temos que pensar é que isso não veio de uma hora para outra, o Napster já vem anunciando esse novo modelo faz tempo, porém naquela época era em menor escalaporém as grandes gravadora não deram bola e continuaram a colocar o preço dos cds lá em cimaagora é irreversível, mesmo com os preços bem mais baixos tem uma geração que não sabe mais o que é cd, e nem quer saber, pois ele tem a sua disposição tudo mais barato no Itunes, ou de graça. 

8-) Em relação aos seus projetos atuais (André Matos, Henceforth, Remove Silence) está realizando alguma turnê ou gravação? 
HM: Com o Andre Matos temos uma turnê este ano com shows no Brasil, Europa, América |Latina e Japão, com o Remove Silence estamos marcando algumas datas por aqui e sperando o cd ser lançado na Europa, pois estamos com uma empresa de management por lá cuidando dos nossos assuntos, e com o Henceforth estamos lançando nos próximos meses nosso segundo cd The Gray Album. 
9-) Agradecemos sua presençaaqui no Guitar Tech e gostaríamos para finalizar essa entrevista que você deixasse um mensagem aos amante da guitarra e aos leitores do blog.
HM:Eu agradeço demais pelo espaço, pois as perguntas foram muito legais e que os leitores gostem da entrevista e que se quiserem entrar em contato para alguma dúvida técnica, ou qualquer outro assunto é só escrever para hugo@hugomariutti.com. Grande abraço


www.hugomariutti.com
www.myspace.com/hugomariutti


www.removesilence.com
www.myspace.com/removesilence


www.henceforth.com.br
www.myspace.com/henceforthbrazil


www.andrematos.net
www.myspace.com/andrematossolo








ROCK!!!

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