8 de abril de 2010

Entrevista :: Marcos Kleine (Ultraje a Rigor / Vega)

Boa Noite Guitarristas e afins!!!


É isso mesmo!!! segue agora mais uma entrevista, desta vez com Marcos Kleine (Ultraje a Rigor / Vega).
Foi com enorme satisfação que fiquei sabendo pelo próprio Marcos que ele conhecia e acessava o blog! então conversa vai conversa vem e então resolvemos fazer uma matéria com ele!!!
A entrevista está bem legal, nela Marcos revela suas influências, seu começo na música e dá dicas valiosas para os amantes da guitarra e música em geral!!!
Fica aqui meus agradecimentos ao Marcos pela participação, presenças como essas são muito importante para nós e para os leitores!!!




1-) Conte um pouco como foi seu início na guitarra, e quais foram as suas primeiras influências?
Minha infância e adolescência foram totalmente rock and roll.
Fui fanático pelo Kiss, tinha tudo deles com 8 anos de idade.
Aos 10 comecei a brincar de baterista, pegava almofadas e fingia que estava tocando, pior que isso acabou me dando uma noção na época. Por morar em apartamento esse encantamento foi acabando, não ia conseguir ter uma batera onde morava.
Mudei para um prédio e entre meus vizinhos estava o povo do Viper.
Aos 15 anos no dia 10 de março de 85 peguei uma guitarra pela primeira vez na vida e foi paixão a primeira vista. Yves e Felipe Machado começaram a me ensinar os primeiros acordes e foi algo avassalador.
Eu, Yves, Pit Passarel ficamos entregando pizza um tempo para juntar dinheiro para comprar instrumentos. Foi uma época divertida, mesmo com as dificuldades em comprar uma guitarra boa, amplificadores então nem se fala.
Os bons eram gigantes e os pequenos terríveis hehe.
Minha primeira influência como guitarrista foi sem dúvida nenhuma o Randy Rhoads. O solo de Mr Crowley me deixou babando desde a primeira vez que ouvi.

2-) Em termos de equipamento, o que tem usado ultimamente? Costuma variar muito de estúdio para show?

Atualmente uso minha Zaganin/Variax e a Jeff Beck, mas troquei o braço dela por um braço  Zaganin.
Uso um Tube Screamer e o Proco da RAT.
Podxt só para chorus, delay, reverb e outros efeitos.
Tenho um WHAH da Dunlop.
Ao vivo uso dois amplificadores assim não preciso usar muito volume em apenas um, o som fica mais bem distribuído e sem sacrificar o timbre.
Tenho um Fender Twin mas raramente levo em shows, uso o que tiver no local.
Meu equipamento foi projetado já pensando nisso.
Consigo fazer sair um som aceitável até
em um Jazz Chorus.
Em estúdio prefiro usar o Amplitube pela praticidade de poder mudar timbres na mixagem.


3-) Atualmente temos a internet e a informática cada vez mais presente na música, na sua opinião quais as vantagens e desvantagens que esse recurso trás para os músicos de hoje?

A vantagem sem dúvida é a democratização da arte.
Todos agora têm acesso sem intermediários, seja pra gravar ou para conhecer novas bandas, problema que o processo não se firmou e o que era para ser uma democracia beira a anarquia.
Ninguém sabe ainda para onde ir, existem milhões de bandas e músicos, mas a deriva no mundo virtual.


4-) Gravity, sua nova composição instrumental, soa muito bem e possui ótimos arranjos e melodias, conte um pouco como ela foi elaborada e quais equipamentos usou nela?
Estava tocando em casa e apareceu a melodia da base, em dois dias finalizei sem muitos problemas, as frases foram surgindo de forma natural. Gravei em meu home Studio, isso ajudou bastante eu poder pensar bem nas frases sem muita pressa, apesar de ter saído rápido o processo foi bem tranquilo o que ajudou muito eu tocar simplesmente pensando em fazer algo que soasse bem. Estou de certa forma surpreso com a ótima repercussão que a música teve, me motiva a compor mais, fiquei muito tempo sem gravar uma música instrumental, não gosto de fazer algo muito óbvio ou muito voltado só para músicos.
Gravei usando o Amplitube apenas.

5-) Há pouco mais de um ano na banda Ultraje a Rigor, como está sendo tocar em uma das bandas mais conhecidas do Brasil? e como rolou o convite para entrar na banda?

Sempre adorei o Ultraje! É uma banda que sempre respeitei muito e tocar com eles é uma honra.
Toquei com o Roger anos atrás em um projeto chamado A FABULOSA ORQUESTRA DE ROCK AND ROLL.
Ficamos amigos, toco com o Mingau baixista do Ultraje desde 93, nós criamos o Vega, nosso projeto Pop Rock, e tocamos juntos também no projeto G80.
Com a saída do Sergio Serra foi um processo natural e tranquilo, deixei eles bem a vontade para tomar a decisão que fosse, mas fiquei feliz pacas com o convite.
Tem sido muito bom tocar com os caras.
O show é sensacional pra quem está assistindo e para nós, as músicas são fantásticas e o astral de toda a equipe é muito bom. Estou muito contente, toco em bandas (Vega/Ultraje) que realmente curto o som.


6-) Atualmente, o que anda ouvindo?

John Mayer, Jeff Beck, Dziham and Kaymien, Mute Math e algumas trilhas sonoras.


7-) O que costuma priorizar mais dentro de uma composição musical? E quais técnicas costuma usar?

Eu penso muito na melodia, é legal usar a técnica em pro da música, gosto de pensar simples mesmo que crie algo complicado na execução.
Estudei técnica na minha vida toda, mas não gosto de pensar em velocidade ou dificuldade quando componho algo instrumental quero que a música faça a pessoa visualizar alguma cena ou imagem, ou que simplesmente agrade!
Tenho usado muito dedo e palheta na mesma música, tem me agradado muito esse estilo, pois principalmente na parte rítmica tocar a mão direita sem palheta abre diferentes possibilidades.


8-) Vemos com frequência seja em shows ou gravações você usando uma Strato N.Zaganin e outra Fender Jeff Beck, quais são as especificações e as diferenças entre ambas?

A Variax Zaganin, como o nome já diz, tem embutida nela a Variax, só que colocamos captadores tradicionais também.
Uma chave seletora me possibilita mudar quando quiser da Variax para a Zaganin tradicional.
Ela tem os captadores Virtual Vintage da DiMarzio e tarrachas com trava sperzel.
A Jeff Beck que tenho é o modelo antigo com captadores Lace Sensor e por questões de confortabilidade troquei o braço por um feito pelo Zaganin.
Ambas tem o nut Earvana.


9-) Para finalizar gostaríamos de agradecer pela entrevista, e pedir que deixe uma mensagem para os fãs e leitores do blog.

Agradeço pela entrevista e digo aos amigos músicos que façam música não pensando o que os outros vão achar da sua técnica ou execução.
Você tem que agradar primeiramente você mesmo, o resto vai rolar.
Acredite na sua música e nos seus objetivos.




http://www.marcoskleine.com.br
http://www.myspace.com/marcoskleine
Marcos Kleine - Gravity <--- Som Novo!!!




É isso aí pessoal, espero que tenham gostado!!!




ROCK!!

2 comentários:

  1. Pelado pelado nu com a mão bolso!!!Ae ficou muito show a entrevista...

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  2. Brother, muito obrigado por visitar meu blog sobre captadores. Abraço!

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