27 de junho de 2010

Entrevista :: Ramon Domingos

Boa Noite Pessoal!!
Essa semana fui convidado para realizar uma entrevista no site whohub.com.
Estou postando aqui também para quem quiser conferir!!!
Espero que gostem!!!


Abraços!





O que você faz? Qual é sua especialidade musical?
Atuo mais na área educacional, dou aulas em algumas escolas e aulas particulares e estou desenvolvendo um projeto sociocultural chamado 'Música Para Todos'.

Algum endereço de internet onde possamos ouvir, ver ou ler algo sobre seu trabalho?

Prêmios, concursos, e outros reconhecimentos que você queira mencionar?
Só o fato de tocar guitarra já é uma grande realização, do mais estou participando desses dois concursos: www.doublevisiondvd.com.br e www.heroisdaguitarra.com.br.

Discografia na que você haja participado
No momento anda tudo em fase de pré produção tenho uma banda de Fusion Instrumental chamada Triton, temos cerca de oito músicas, e já estamos pensando em gravar, fora isso também tenho alguns temas dos quais venho compondo há cerca de seis meses para um possível Cd instrumental meu, algumas estão terminadas e até com nome já, outras ainda não.
Algumas coisas que tenho trabalhado podem ser visualizadas aqui: http://www.youtube.com/user/ratopretoable


Como você começou a fazer música? Quem o introduziu?
Sempre estive envolvido em um meio musical, meu pai e minhas tias sempre tocaram violão, embora nenhum deles tenha seguido profissionalmente falando, tenho alguns primos que também são envolvidos com música, mas acho que o que realmente me influenciou foi quando comecei a ouvir bandas como Black Sabbath, Whitesnake, Guns n`Roses, Kiss, Iron Maiden, Angra, e muitas outras. Decidi ir aprender guitarra, pois achei magnífico o instrumento, o timbre e o fato de ser um instrumento onde a expressão musical é muito constante.


Quando você se deu conta de que a música poderia ser um meio de vida para você?
Música não é um meio muito fácil, tem ter muita dedicação, não existe talento e dom, existe paixão e perseverança, sempre estive estudando e me mantendo sempre atualizado em todos os segmentos musicais, acredito que não escolhi música, a música me escolheu, foi um processo natural, me preparei tive bandas, ganhei experiência, conheci e toquei com vários músicos, hoje tenho isso como profissão.
Sempre encarei música da forma mais séria possível e isso me trouxe muitos benefícios o guitarrista que eu sou hoje, amanhã já não me interessa mais, eu tenho que me superar a cada dia.
Jamais viveria sem tocar guitarra, é algo muito importante para mim, então desde que comecei encarei isso com algo muito sério na minha vida, uma profissão mesmo.

Como é seu processo criativo?
Nunca me prendo a teorias... A música tem que vir da alma meu processo de produção musical sempre foi o mais natural possível, não sento e penso "Agora vou compor algo" é uma coisa que rola naturalmente em um momento de inspiração, depois que componho analiso, harmonicamente, melodicamente e ritmicamente tudo o que fiz, para ver em qual tom se encaixa qual escala usei, qual foi a divisão rítmica no qual o som foi desenhado, mais ou menos assim, a música não é termos técnicos ou teóricos, a música é vida, então primeiro componho depois vejo e analiso aquilo que fiz.

Quando você tem seus momentos mais lúcidos, pela manha ou pela noite?
Minha relação com a guitarra é diurna e noturna, ou seja, passo o dia com esse instrumento, seja ensinando, estudando, compondo estou sempre tocando guitarra, então geralmente não tenho um momento exato para uma composição ou algo assim.


Como você sabe quando uma musica já está bem e não precisa de mais mudanças?
Realmente uma pergunta muito difícil, partindo do ponto de que música é algo extremamente relativo é difícil a gente ter um conceito exato de Música Perfeita, na verdade acho que isso não existe.
O que sempre tento atingir é uma harmonia agradável de ouvir e melodias das quais sejam marcantes e expressem com exatidão aquilo que quero quando componho um som.
Não me prendo muito a técnica, dissonâncias e coisas exorbitantes, me prendo a música bem feita, agradável e expressiva.

Como você foi descobrindo seu território criativo? Como o descreveria?
Ousadia, não se prender a clichês ou coisas muito padronizadas, sempre gostei de fugir das regras, misturar sons, usar compassos mais exóticos, sempre visei um som inovador.

Que parte de seu trabalho é a que você menos gosta?
Sou do tipo de profissional que realmente ama o que faz, claro que temos coisas chatas nessa profissão e nem tudo é perfeito, mas levo essas coisas, que geralmente são mínimas na boa, ossos do ofício!

Com que freqüência você ensaia?
Dentro de tantos compromissos que infelizmente temos que por em primeiro lugar, as vezes fica meio difícil conseguir juntar a banda toda e ensaiar, mas estamos ensaiando uma vez por semana, quando possível duas.
Que músicos ou bandas foram inspiradores em sua carreira?
Meu professor Heitor Mazzotti, o qual tem uma grande participação na minha formação musical, e caras como Steve Vai, Joe Satriani, Eddie Van Halen, Kiko Loureiro, Edu Ardanuy, Ritchie Blackmore, Zakk Wylde, Guthrie Govan, Frank Gambale, Randy Rhoads, Pat Metheny e John Petrucci.

Três canções chave em sua vida
For The love of God - Steve Vai
Metropolis - Dream Teather
Summer Song - Joe Satriani

O que deveria ser feito para deter a pirataria?
Muito bem dito na pergunta, 'deveria' pois hoje já não temos mais como lutar contra esse fato, é impossível deter, ou se quer controlar a pirataria, o que nos resta é usar isso a nosso favor, usar esses meios como divulgação de trabalho, vide MySpace, Twitter e tantos outros meios sociovirtuais que o pessoal usa para divulgar seu trabalho.

Que classe de música você detesta?
Não me vejo em um determinado nível, ou posição da qual tenha a liberdade de julgar ou criticar qualquer que seja o segmento musical.
Mas é claro que me desagrada muito ver a nível de cultura como anda a realidade da música brasileira.
Vejo ótimos instrumentistas recheados de talento tendo seus brilhos ofuscados pela música midiática e isso não é legal.
Vendo e analisando as composições populares dos últimos momentos vejo que a coisa anda cada vez pior, as músicas são pobres em todos os sentidos e tende a ficar cada vez pior. Vide os sertanejos universitários que realmente me da pena de quem faz e de quem ouve esse tipo de música e nossos queridos amiguinhos coloridos, Os Emos! Que distorcem aquilo que conhecemos por Rock!

O que aconselharia a alguém que quer começar na carreira?
Tenha paixão pela música senão é difícil se estabelecer, se mantenha sempre atualizado e ciente das oportunidades de trabalho, toque sempre, tenha bandas, toque com vários músicos, pois isso é uma experiência valiosa.
Estude, estude muito, seja melhor a cada dia que passa isso será bom para você.
Faça música da forma mais sincera possível, não se prenda a estilos ou coisas assim saiba tocar de tudo, não vise fama, por que isso é passageiro vise fazer música da forma mais séria e pura possível... seja um músico de verdade e não somente mais uma cópia daquilo que hoje está na mídia, pois o que é midiático hoje, amanhã não existe mais então nossa principal arma para sobreviver nesse ramo tão instável e o conteúdo, seriedade, paixão e compromisso com a música.
Contribua para a sociedade faça músicas que venham a agregar para quem ouve, acho que devemos ser artistas ativos em relação á cultura, já temos pessoas demais indo contra esse propósito.

Seja um músico que faça com que seu trabalho compense ser reconhecido, passe uma mensagem importante para seus ouvintes, e trate sua profissão com amor e não com status!




ROCK!!!

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