2 de janeiro de 2011

A Arte de Tocar Bem

Olá Pessoal!!!

Estamos oficialmente dando início as postagens no ano de 2011, o tempo voa né!!! hehehe passa muitíssimo rápido!!

Para estreiar esse novo ano começarei com um post mais crítico e analítico... sobre um tema que é o objetivo de todos os músicos.... Tocar Bem...

Mas O que é Tocar Bem!!??
Dentro de um universo tão complexo e abrangente que seria o nosso universo musical chegar em uma quantificação do que seria tocar bem é algo muito distante de nossos conceitos.... Porém há certos fatores que acredito que sejam cruciais para um músico tocar bem... vou falar especificamente da minha área a guitarra.. então reformulo aqui o tema do debate, sem claro desvirtuar o propósito do mesmo, então lanço a incógnita.. O que é ser um bom guitarrista!? Tocar mecanicamente milhares de semicolcheias a 260 bmps.. Não!!! jamais!!! isso nunca, música é arte e não atletismo não podemos confundir as coisas, Tocar com felling e originalidade!!?? Acredito que estamos mais perto.. Tocar difícil?? Usar escalas exóticas e complexas!?? Tsc.. Tsc.. Nada a ver!!!
Claro que, esse é o meu olhar crítico sobre um único assunto que possui um foco mas vários conceitos e visões, porém gosto de ser simples, direto e objetivo... duas coisas que quando combinadas levam um guitarrista ao êxtase do ato de tocar bem, inteligência e expressão, um casamento perfeito!!! possuímos uma grande demanda de guitarristas que gostam de ir pelo lado mecânico, interessante! porém é um lado cego e óbvio, gosto de enxergar a música e ver as possibilidades e alternativas que tenho perante a sua execução... vejo no caminho teórico/ intelectual uma chave mais interessante e uqe nos trás caminhos mais autênticos... sei que teoria é um saco!!! se eu disser o contrário estarei mentindo! é uma bomba mesmo.. mas é ela que te trás novos horizontes, e acredite quando bem trabalhada e relacionada ela se torna muito prazerosa e muito simples de se usar, acredito ser ela, a teoria algo de extrema importância, é através dela que adquirimos ferramentas para a execução de uma peça, tocar, executar é algo muito legal, porém pensar é o verbo mais exato para toda a aplicação musical seja ela teórica ou prática, é por meio de todo embasamento teórico que encontramos uma cadência de acordes que soe bem, uma linha melódica muito bem construída, tudo isso atrelado ao modo prático da música, no caso a execução se muito bem feito e construído não tem erro, antes de descer a fundo nessa avalanche do tocar bem, vamos dividir um pouco as coisas, voltando um pouco no nosso raciocínio temos dois fatores, a teoria como modo intelectual, e a expressão musical como modo prático, pois bem, só para entender melhor as coisas, já falamos de toa a parte da musica como teoria agora vamos a prática, tocar não é simplesmente tocar por tocar... hehehe... o que quero dizer com isso... é que tocar guitarra ou qualquer que seja o instrumento não é simplesmente digitar as notas que na música se encontra, há muito mais do que isso estou falando de textura e expressão logo saímos do apenas 'tocar' para entrar no como 'tocar'.. pois bem como tocar? aqui entra um outro assunto muito importante, pois o ato de tocar define você como músico, por que realmente é aquilo que você está tirando do instrumento, logo é muito bom se antenar nessa parte, pois você pode ter toda a bagagem teórica que for, se você não souber aplicar e não souber por expressão no que você está tocando tudo vai por água abaixo.. logicamente não temos que tocar como o Satriani, Yngwie Malmsteen, Steve vai, ou qualquer outro mago da guitarra que você conheça, fazendo isso vocês estará chovendo no molhado! temos que tocar como nós mesmos, é nisso que criamos a nossa personalidade musical.. e isso é fundamental, e acredite todos os grandes guitarristas surgiram dessa maneira, não é que ninguém toque como Eddie Van Halen, Randy Rhoads, Jimi Hendrix e muitos outros, caras que tocam como eles existem ao montes, porém eles não ganham destaque pois fazem o que já foi feito, e todos preferem ouvir Steve Vai do que um cara que toque parecido com ele, por isso que você tem que tocar da sua maneira, descobri dentre todos os guitarristas que você gosta e que estudou a sua personalidade, o seu jeito de tocar, de uma maneira mais popular, a sua pegada!

Dentro da expressividade musical ainda três coisas que considero vitais uma frase bem elaborada, um bend afinado, e uma divisão rítmica exata, um fraseado bem elaborado não significa um fraseado rápido e sim algo bem executado de forma inteligente e que expresse aquilo que você quer dizer com uma guitarra na mão, em relação aos bends, temos aqui algo extremamente minucioso.. afinar um bend não é tarefa fácil, estamos trabalhando com um arqueamento de corda, exige um domínio técnico e de ouvido muito grande, cada guitarra é uma guitarra, cada corda tem uma tensão diferente, cada braço possui uma dimensão então logicamente a força de tração empregada nesse trabalho varia de pessoa para pessoa de guitarra para guitarra, se você possui mais de uma guitarra você deve sentir essa diferença, se você então possui uma guitarra com Floyd Rose como no meu caso todo esse trabalho é ainda mais difícil pois ao arquear a corda sua ponte sede, então você tem um outro a gente a grosso modo te atrapalhando, logo você tem que encontrar um equilíbrio de forças sistematicamente exato para cobrir todos esses contra partidos desses agentes que estará influenciando no teu som! e não tem jeito o bend  é algo que tem que estar 100% afinado, pois caso contrario você estará tocando fora da escala, a não ser que... seja essa a sua intenção! um nome que resume toda essa idéias de bends afinados... Gary Moore, não que seja o único, porém é um cara que tenho ouvido muito e possui uma afinação perfeita e melodias inteligentíssimas.. realmente é um cara que toca horrores!
A divisão rítmica é muito importante executar as frases exatamente como elas são respeitando suas divisões é fundamental, caso contrário perde-se muito a 'vibe' do som e da aquela sensação de estar andando sob uma corda bamba!

Logo vemos que o tocar bem... é uma combinação de fatores, e não uma decoreba de técnicas e escalas, claro.. o conhecimento de escalas e técnicas é fundamental.. mas o conceito de música ultrapassa esses fatores que por muitas vezes bitolam a cabeça dos guitarristas.. resumindo toda a idéia tocar bem é.. tocar com inteligência e autenticidade!!! simples assim!!!!


ROCK!!!

6 comentários:

  1. É verdade, é verdade...
    Ultimamente eu tenho tentado tirar na guitarra uma ou duas frases que às vezes ficam circulando na minha cabeça.

    Acho que o principal motivo de eu ter começado a aprender guitarra não foi nem por querer ter habilidade igual à de um ídolo meu, foi mais por querer tocar as músicas que eu às vezes imagino na cabeça.
    Uma grande influência minha na música é o Dave Mustaine, do Megadeth. Não por ele ser extremamente ágil ou coisa do tipo, mas mais pela criatividade dele para os riffs, solos e tudo mais, acho ele um músico bastante criativo.

    Mas ainda estou bem no começo, aprender as técnicas ainda... Mas não estou focando na agilidade e sim na precisão, embora esteja sendo um pouco difícil, tenho meio dificuldade ainda de palhetar, maioria das vezes acerto uma corda a mais, ou num bend meu dedo prende na corda de cima e daí ferra tudo... kkkk.

    Mas é verdade o que você falou, o músico tem que tentar criar sua identidade, e não querer ser cada vez mais ágil e técnico pra executar músicas de outros músicos. Acho que é por esse motivo que muitos acabam desistindo logo no começo, porque se frustram por não ter tamanha habilidade dos grandes guitarristas que os influenciam.

    \o

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  2. fala aruã.. valeu pelo comentário!!! fico feliz que vc tenha captado a intenção do post.. acho que musicalmente é isso que devemos buscar!

    e é muito importante você criar seus fraseados e até msmo os seus exercícios técnicos isso lhe trás autônomia, oq é algo muito interessante...

    o mustaine acima de tudo é um grande músico... dono de um grande talento... digamos que realmente não seja um guitarrista extremamente técnico, mas é aquilo que sempre procuro enfatizar.. não é a técnica que vai definir o artista! e sim o seu lado criativo..ele tem bons solos...e riffs marcantes!

    porém para o guitarrista aprender técnica é fundamental, pis sem ela vc não se move... porém tudo tem qser muito bem dosado... acho que não rola estrapolar e virar uma maquina cuspidora de semi colcheias a 260 bpms, tem q ter aquele lance da coerência melódica, o fellig, a originalidade, criatividade.. tudo isso é importante...

    tocar guitarra...não é nada fácil.. alias.. temos um grande paradoxo né.. e acho que isso vale para todos os instrumentos.. corrigo me aqui tocar guitarra descentemente não é fácil é uma gama enorme de conceitos técnicas... muita coim conta, e para um solo um bend, ou até mesmo uma simples nota tem muita coisa rolando por trás...

    acho legal e fico contente em ver que está indo pelo lado certo.. pelo lado da precisão... é isso que devemos ter.... é isso q interessa... a exatidão na divisão rítmica é fundamental.. não adianta ser o mais rápido do mundo sendo que vc não sabe ao certo oq está fazendo...como temos uma gama variada de técnicas (sweep, tapping alternado e muitas outras) é normal as vezes ocorrer um desenvolvimento meio 'desencontrado' eu tinha muita dificuldade no sweep, alternado e tapping para mim sempre foram mais sussas.. porém o sweep era uma pedra no meu sapato... vc diz que a sua dificuldade está na palhetada...

    vou te dar algumas dicas para te ajudar em algo... primeiramente não sei se vc já está ligado na idéia mas é sempre bom enfatizar... use sempre a palhetada alternada.. aquela palhetada na qual funcionalmente palhetamos para cima e para baixo aproveitando o sentido da palheta.. isso trás agilidade e conforto! depois disso use sempre o metronomo.. com certeza ele será responsável por 40% da sua técnica, pois através dele você consegue ter um domínio de tempo melhor e até mesmo se localizar melhor na técnica que está estudando, posteriormente é treino até a exaustão... porém treino organizado... faça tudo muito bem organizado passo a passo! uma outra dica... pegue um fraseado seja seu ou de um outro guitarrista e treine em várias velocidade...
    10 minutos em 60 bpms dez minutos em 70, 80, 90 e assim vc irá progredindo.. começe bem devagar e vai aumentando a velocidade.. varie a figura também.. faça em colcheias, semi colcheias, tercinas, sextinas, fusas e etc... aí com certeza sua palhetada terá um grande desenvolvmento....

    se quiser tem alguns caras que tem bastante coisas usando palhetada...
    John Petrucci, Yngwie Malmsteen, marty Friedman, Steve Vai, Timo Tolkki, Kiko Loureiro, Rusty Cooley e Francesco Fareri...

    meu caro espero ter te ajudado... qualquer dúvida seja ela sobre qlqr q for o assunto não deixe de perguntar...
    abraços!

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  3. Penso exatamente igual o Aruã, tambem to no começo e pra começar temos que aprender as tecnicas, apesar de não ser tudo, como foi dito na matéria.

    E valeu pelas dicas(era pro arua mas usei heuaehua') vai ajudar muito na minha palhetada.
    Parabens pelo blog. õ/

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  4. e aí! felipe!! tranquilo!?

    legal!!! que bom que estão indo pelo caminho certo da coisa...

    opa denada.. fique a vontade para usufruir de qlqr informação aqui citada...

    q bom q curtiu fico feliz com isso, qualquer dúvida e sugestões é só falar abração!

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  5. Ah! Uma dúvida.
    Tipo, eu treino a palhetada alternada e a sweep e tudo mais, beleza.
    Mas uma coisa que eu não entendo é, qual a diferença de uso delas?
    Na palhetada alternada ela vai mais rápida do que a sweep, mas existe alguma diferença sonora ou algum momento certo pra se usar uma das duas palhetadas? s:

    Valeu!

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  6. fala aruã.. vamos lá...

    primeiro vamos diferenciar os dois..

    o alternato vc varia o sentido da palheta de cima para baixo e de baixo para cima e assim por diante.. geralmente se aplica ela a progressoes lineares, com duas ou mais notas por corda...

    o sweep é sentido único de palheta, mais aplicado em progressões com uma nota por corda, arpejos e etc. vc desce em um único sentido pelas cordas e depois sobe...

    acredito q a difereça sonora é mais devido a aplicação da técnica, o alternato tem o som mais subdividido pela própria ação da palheta já o sweep trás uma sonoridade mais 'conjunta' pelo sentido da palheta q é mais uniforme e único...

    valeeeuuu

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