Comecei na verdade tocando piano aos 3 anos de idade, a guitarra veio aos 12. As bandas de rock dos anos 80 foram todas importantes, e como a maioria dos guitarristas da minha geração, o Van Halen era o que me encantava. Mais tarde, entre muitos, o George Benson e Heraldo do Monte me fizeram prestar atenção no Jazz, mas o Stanley Jordan sem dúvida foi minha grande fonte de inspiração.
Comecei fazendo o "touch" em uma guitarra só, a segunda guitarra veio como uma extensão da outra, e com isso, além do visual incomun, um universo de novas possibilidades sonoras. Eu defino essa técnica sendo semelhante a do piano, onde se faz a Harmonia e Melodia ao mesmo tempo, tocando apenas sobre o braço da guitarra, em uma combinação de Tapping, Hammer On e Pull Off.
Meu equipamento é realmente muito específico. Sempre busquei alternativas para facilitar e ter um bom resultado sonoro. Ação baixa nas cordas é fundamental, um braço mais reto também ajuda. Não gosto de amplificadores "normais", meu amp. é uma espécie de monitor, e se eu plugar as guitarras em uma mesa com duas caixas, também me sinto a vontade. Adoro sintetizadores, uso nas duas guitarras, além da terceira que é praticamente um teclado. Distorção apenas digital, por não usar palheta, não tenho o "punch" da mão direita. Hoje tenho uma guitarra que atende todas as minhas especificações, a Tagima mod. Marcinho Eiras, um amplificador especial que desenvolvi junto com a Onerr, o Brahvo 100, entre acessórios, efeitos e outras adaptações que descobri pesquisando e principalmente tocando.
Duas guitarras Tagima ME-1; Dois sintetizadores GR-20 e Controladores; Um ZOOM 7010; Equalizer, Chorus, Digital Delay e Reverb BOSS; Ztarr Mod Z6; Módulo Sonic Cell Roland; Cabos Santo Angelo; Cordas SG 0,10; Amplificador Onerr Brahvo 100. Em gravações vario o equipamento conforme a necessidade.
Em casa toco muito Jazz, e basicamente faço a manutenção do que já toco. Ouço musica quando estou dirigindo, levo alguns CDs pro carro e fico variando o estilo. Tenho ouvido muito Acid Jazz, pois tenho usado muitos elementos desse estilo no meu som.
Estou gravando um CD cantado, autoral. O estilo é MPB, para um público diferente do que conquistei e sem dúvida o que considero o melhor trabalho que já fiz até hoje. As músicas foram na maioria compostas e gravadas de violão Aço, com uma afinação diferente e apesar de ter poucos solos de guitarra, os que tem foram executados com palheta. Faço a direção musical e toco no espetáculo "Minhas Sinceras Desculpas" do Cesar Polvilho do Pânico na TV. Continuo com meu Trio "Marcinho Eiras & You Guys" preparando o segundo CD e agora no casting da produtora EBPZ.
Da um pouco de medo de não acompanhar o avanço tecnológico, mas não vejo muitos pontos negativos, exceto pela velocidade de informação. Voltando um pouco no tempo, tinhamos que nos empenhar mais em todos sentidos, como por exemplo para conseguir uma gravação, um vídeo, ou tirar uma música, um solo. Hoje digitamos "cocô", e centenas de "troços" de todos os tipos aparecem em segundos. Acho que não se dá tanto valor a informação, gerando uma natural acomodação em relação a empenho espontâneo ou técnico.
Façam música com verdade e amor, seja ela qual for! Rimou!
ROCK!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário