Fala pessoal, como vão vocês? Tudo ok? Espero que sim!
Bom, continuaremos como nosso curso sobre improvisação. Até agora vimos: Os conceitos básicos, Relativas, improvisações em pentas, diatônicas e o uso dos arpejos em tríade ou tétrade, passando tudo isso dentro das improvisações em vamp tonal e depois veremos mais a fundo a modal.
Hoje iniciaremos a improvisação em Blues, antes de entender todos os conceitos práticos e teóricos, seria interessante estudar primeiramente a história e o surgimento do mesmo, pois isso alavancará conteúdos e conceitos importantes para depois citar depois todo o funcionamento harmônico e melódico do Blues.
Proveniente/ Oriundo dos EUA através dos negros que até então trabalhavam como escravos em terras americanas a música, era uma válvula de escape da tristeza da vida sacrificada nos campos e lavouras, o andamento tercinado o qual conhecemos por Shuflle remetia a sonoridade dos trens, o qual muito desses negros frequentavam bastante. Pronto! Bastou esses fatores para desenvolver um dos estilos mais criativos que possuímos, então esse gênero triste de música, recebeu o nome de Blues
Blues mais propriamente, Blue a cor azul, na cultura americana significa tristeza, o que seria o cinza para a nossa cultura.
Em termos musicais o Blues trouxe algumas influências do Jazz, principalmente a harmonia usando muitos acordes dominantes.
Antes de entrarmos direto nas escalas a improvisação, veremos toda a estruturação harmônica, o que é bem simples...
Já mencionei que em termos harmônicos o Blues tem muitas raízes do Jazz, porém aqui a coisa é mais simples, geralmente o Blues é formado pela seguinte cadência:
(I, lV, V)
Exemplos:
A7 D7 E7
E7 A7 B7
C7 F7 G7
A7 C7 D7
Vê-se com grande frequência a cadência seguida desses acordes, primeiro, quarto e quinto grau, encaixando sempre no padrão de 12 compassos, o Blues sempre foi um estilo harmonicamente bem conceituado nessas idéias.
Agora enfim entraremos nas escalas.
A primeira a ser estudada será a Penta Blues, que possui uma aplicação no mínimo inusitada, porém disso comentarei depois. A Penta Blues é um derivado da Penta que já conhecemos, adicionando a quinta diminuta, então em sua cadeia intervalar teremos:
T- 3m- 4J- 5º - 5J- 7m
Ex: Am => A - C - D- Eb - E – G
Em => E - G - A - Bb - B- D
Gm => G - Bb - Db - D – F
Dm => D - F - G - Ab- A – C
Seriam esses alguns exemplos de formação intervalar das escalas...
As notas sublinhadas são as 5ª diminutas conhecidas como Blue note.
Pode-se considerar a – das mesmas:
4A = 5º
Penta Blues: T – 3mº - 4J- 4A/5º - 5J – 7m
As duas maneiras estão corretas!
Agora vamos a aplicação, algo que disse a vocês que seria meio estranho, pois bem, vamos a eles...
O Blues em sua maioria na parte harmônica costuma ser maior e temos uma escala a Penta Blues, que ela só tem menor e agora?
O que acontece aqui é a grande característica do Blues, esta nossa inversão de escala/acorde.
Você terá que aplicar a Penta Blues na harmonia maior, o choque entre a escala/acorde, - é grande característica do gênero.
Então teremos em breve exemplos:
Blues em LÁ => Penta Blues Am
Blues em Mi => Penta Blues Em
Blues em Mi => Penta Blues Gm
Blues em Ré => Penta Blues Dm
Esse choque sonoro de meio tom entre terças e quintas é o maior responsável por nos trazer essa dissonância já conhecida e tal característica do gênero.
Então, faremos dessa forma, não veremos penta maior nem relativas, aplica-se diretamente á escala menor do tom.
Temos também o Blues menor, que é uns desses mais contemporâneos de caras como Gary Moore por exemplo, nesse caso aplica-se a escala Blues em cima do próprio tom menor mesmo, como já estávamos a fazer...
Bom por enquanto é isso todos os padrõe de Blues e escalas se encontram no Blog, qualquer coisa é só é pesquisar ou perguntar nos comentários, espero que tenham gostado!
ROCK!
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