Entrevista :: Michel Top

Fala Pessoal do Guitar Tech!!!

Voltamos com as entrevistas!!! E isso é muito legal... pois fazia muito tempo que não tínhamos mais entrevistas... Agora estamos voltando com todo o vapor!

Dessa vez rolamos um papo muito legal com Michel Top... um dos guitarristas de destaque em todo o Brasil!!!! Foi um papo bem legal onde o Michel pode nos dar detalhes de sua carreira, falou sobre equipamento, incluindo várias dicas muito boas e dividiu um pouco de sua vasta experiência no mundo da guitarra com nossos leitores!!!! Confiram abaixo!!!!

1-) Conte um pouco sobre seu início na guitarra, os primeiros desafios e as dificuldades da época.

Comecei meus estudos em 1994. Na época, ouvi pela primeira vez o CD Time Machine do Joe Satriani e pensei naquele exato momento: -Eu preciso tocar isso! A principal dificuldade é que eu morava em uma cidade pequena e não haviam lojas de instrumentos e nem escolas de música por perto. Também não existia internet por aqui! Portanto, conseguir materiais para estudar era um tanto complicado. Fiz aulas com professores da região por algum tempo e depois virei autodidata. Mas sempre tive certeza de que, com vontade e disciplina, não há obstáculo que não possa ser superado!

2-) Fale um pouco sobre seu processo de profissionalização. Quando percebeu que a música seria seu meio de sobrevivência? Quais os rumos que tomou para construir uma carreira sólida?

Em 1999, comecei a tocar em uma banda de baile e dar aulas em uma escola de música em Farroupilha/RS. Eu tinha 16 anos na época. Neste momento percebi que poderia trabalhar e me sustentar apenas com música. Em 2004 gravei meu primeiro CD demo apenas com músicas instrumentais de minha autoria. Acredito que este tenha sido o passo mais importante na minha carreira, pois foi neste momento que comecei a levar mais a sério e correr atrás de meus objetivos.

3-) Sobre equipamentos, em termos de guitarra, amps e pedais o que tem usado? Varia muito de uma situação de estúdio para um show ao vivo?

Uso diversas guitarras, principalmente uma Lucky e uma Strat Custom, ambas da Ledur. Nelas uso sempre cordas .009 e .010 da NIG Strings. Pedais costumo usar o Punch Box (distorção), Tube Drive (boost, fica sempre ligado, mesmo no clean) e Analog Echo (delay), todos da Fuhrmann. Ah, uso também um Wah Morley Bod Horsie e um afinador Polytune Mini da TC Electronic. Uso amplificadores Mesa Boogie Mark III. Este amp é um tanto raro de ser encontrado, fabricado em 1985! Uso também cabos Tiaflex modelo Cable 50 e palhetas Lost Dog Michel Top Signature. Em estúdio costumo usar o mesmo set e alguns pedais a mais, como: Vintage Chorus (Fuhrmann), Phaser II (Fuhrmann), Dual High Gain, (Fuhrmann), entre outros. 

4-) Ainda sobre equipamento, qual sua preferência? Amps valvulados ou transistorizados? Efeitos digitais ou analógicos? Captação ativa ou passiva?

Amps valvulados! De preferência da Mesa Boogie ou similares. Sempre gostei de amps californianos. Efeitos prefiro os analógicos e captadores sempre passivos. Há alguns anos adquiri uma Fender com captadores ativos e a experiência não foi muito agradável para mim. Mas tenho certeza de que é apenas questão de gosto pessoal.

5-) Algum novo projeto ou parceria que gostaria de mencionar?

Lancei recentemente meu novo EP chamado Silent Moon. As 5 músicas do EP estão disponíveis em stream no meu site www.micheltop.com. Atualmente sou endorser e apoiado pelas cordas NIG Strings, pedais Fuhrmann, cabos Tiaflex e palhetas Lost Dog.

6-) Atualmente a internet e a comunicação interativa caminha lado a lado com a realidade profissional na música. O que pensa sobre? Qual o melhor posicionamento que um músico deve ter para usar de forma efetiva essas ferramentas?

Acredito que existam dois lados opostos. De um lado temos os músicos que postam seus vídeos na internet, seja em redes sociais, sites, blogs, etc. De outro lado temos os músicos que tocam na noite e vivem na estrada fazendo shows, workshops, entre outros. Para mim, acredito que estes dois lados tem que andar juntos. De nada adianta estar na estrada se não fizer a devida divulgação posteriormente do trabalho que foi realizado, a fim de manter seu público informado e prospectar novos fãs. Também não adianta se trancar no quarto e ficar gravando / postando vídeos se nunca sai de casa. Temos que achar um ponto de equilíbrio entre esses dois lados para termos um resultado eficaz.

7-) O que pensa da atual relação entre empresas e artistas e da questão de patrocínios e apoios aos artistas?

Particularmente, acho muito importante termos apoio de empresas que invistam em nosso trabalho. Mas o mais importante é nós, músicos, acreditarmos no trabalho das empresas que nos apoiam. Dessa forma o trabalho renderá bons frutos para ambos lados.

8-) Quais os principais fatores que devemos considerar para ser um bom músico?

Personalidade! Identidade! Sem essas qualidades, seremos apenas mais um no meio de muitos.

9-) Fale um pouco sobre suas influencias ao longo de sua carreira.

Joe Satriani sempre foi minha principal influência, mas ao longo do tempo fui conhecendo alguns outros guitarristas que chamaram minha atenção, como: Jeff Kollman (Cosmosquad) e John Petrucci (Dream Theater). Vale salientar que apesar de ter estes grandes nomes como influência, sempre busquei ter minha própria identidade, pois acredito que isso seja essencial para qualquer artista.

10-) Agradecemos muto sua presença no Guitar Tech e para terminar gostaríamos que deixasse uma mensagem aos seus fãs e aos nossos leitores.

Agradeço pelo convite do Guitar Tech e à todos os leitores. Espero ter contribuído de alguma forma com todos vocês. Um forte abraço! Sucesso!

ROCK!!!